O PAPEL DA AUTOMAÇÃO NA MEDICINA VETERINÁRIA
A Medicina veterinária surgiu a cerca de 4000 a.C., relatos históricos encontrados no Papiro de Kahoun, considerava-a a Medicina da “Arte de curar os animais” para a época.
Nos últimos anos, a medicina veterinária vem passando por constantes mudanças, por conta do aumento da rotina, exigências do mercado, além da necessidade da implementação de novas tecnológicas, a fim de atender o mercado competitivo.
A automação na Medicina Veterinária se faz extremamente importante, assim como na medicina diagnóstica humana, pois os animais podem desenvolver diversas doenças e alterações metabólicas e fisiológicas, que acabam necessitando de intervenções e atendimentos por médicos veterinários, visando um tratamento eficaz após um diagnóstico preciso.
A automação veterinária pode ser implementada em diversos campos das análises clínicas, como na bioquímica, onde o médico veterinário colherá o sangue do animal e encaminhará para o laboratório de medicina veterinária para que seja processado. Na bioquímica, é possível a realização da análise de diversos parâmetros, como os de dosagem hepática, através da metodologia por fotometria.
As doenças hepáticas ou hepatopatias em cães são problemas que afetam o fígado e é uma das principais doenças associadas ao mundo canino e que podem levar como desfecho clínico o óbito do animal.
O fígado é um órgão que funciona como uma glândula exócrina e endócrina e que desempenha atividades metabólicas essenciais para o animal. As principais enzimas hepáticas são a ALT (Alanina Aminotransferase), AST (Aspartato Aminotransferase), Fosfatase Alcalina e GGT (Gama-glutamil Transferase). A avaliação dessas enzimas hepáticas permite ao médico veterinário avaliar o quadro clínico e dar uma resposta rápida ao tratamento.
Por isso, é importante que o diagnóstico em doenças caninas seja feito precocemente de forma rápida e precisa, pois o animal poderá apresentar diversos sintomas decorrentes das alterações das enzimas hepáticas, como perda de peso, diarreia, letargia, poliúria, icterícia, sede excessiva, dentre outros. O diagnóstico precoce previne tratamentos longos e dispendiosos, que podem trazer um grande sofrimento ao animal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- FREIRE, I.M.A. et al. Distribuição dos serovares de leptospira em caninos clinicamente suspeitos no Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, Rio de Janeiro, v.14, n.2, p.83-85, 2007.
2-FREIRE, I.M.A. et al. Níveis séricos de uréia e creatinina em cães com leptospirose aguda determinada por amostras do sorogrupo Icterohaemorrhagiae. Ciência Rural, Santa Maria, v.38, n.4, p.1172-1175, 2008.
3- LILENBAUM, W. et al. Dosagem de uréia sanguínea em cães com leptospirose. Revista Brasileira de Medicina Veterinária, v.19, p.233-237, 1997.
Autora : Juliana Oliveira