O que esperar de 2021?
Sempre que um ano está chegando ao fim, é comum ficarmos reflexivos sobre o que virá no ano seguinte. Especialmente desta vez. Depois de enfrentarmos um 2020 atípico, em que a pandemia do coronavírus exigiu tanto da sociedade como um todo, as expectativas sobre 2021 ganham forma nesta reta final: uma única forma – a da vacina contra o Covid-19.
Embora pesquisadores estejam correndo contra o tempo para atender essa demanda, é provável que os laboratórios ainda enfrentem alguns meses de muito trabalho. Após a redução abrupta do volume de testes no início do ano, forçando alguns a desligarem parte de seus equipamentos ou até mesmo encerrarem suas atividades, mesmo que temporariamente, a demanda reprimida do período mais rigoroso do isolamento social ainda é latente. Soma-se a ela a necessidade de testagem para o Sars-Cov-2 e a grande probabilidade da população já infectada passar por uma maior rotina de testes clínicos, com o intuito de avaliar as possíveis sequelas causadas pela doença.
Como forma de identificar e separar o número da população já infectada e não infectada, a melhor estratégia é a aplicação de testes sorológicos com alta especificidade e sensibilidade. Os diversos laboratórios de todo o país poderiam ser um elo de conexão entre a população e os governos regionais ou municipais, ao oferecerem tais testes.
A metodologia Elisa, conhecidamente mais eficaz que os testes rápidos, mais barata e de fácil aplicação pelos laboratórios, poderia ser amplamente utilizada se houvesse uma boa articulação entre os setores público e privado. Os laboratórios de menor porte teriam capacidade e capilaridade muito mais ampla para a testagem da população brasileira, se ofertassem amplamente a metodologia ELISA.
O que não nos deixa dúvidas, no momento, é que o Brasil também passará pela 2ª ou 3ª onda. E que, apesar disso tudo, 2021 será um ano muito melhor que 2020.