Sódio e potássio: Sua importância para o organismo
Os eletrólitros são as substâncias que ao serem dissociadas ou ionizadas, adquirem cargas negativas (ânios) ou positivas (cátions), encontrando-se distribuídas nos compartimentos intra e extracelular e possuindo um papel importantíssimo na manutenção da homeostase no organismo. A homeostase é um termo grego em que homeo seria “similar” ou “igual” e statis, “estático”, definida como um processo pelo qual o organismo mantém constante as condições internas necessárias para a vida, prevenindo as variações na fisiologia de um organismo.
Esses eletrólitros são dosados pelos aparelhos de automação comercializados pelo sistema de diagnóstico clínico, de modo a verificar possíveis alterações que venham favorecer o desenvolvimento de patologias. O desequilíbrio eletrolítico correlacionado ao potássio é chamado hipocalemia e pode estar associado a redução da ingestão de potássio via dieta ou fluidos infundidos, por aumento da excreção seja por via urinária, fecal ou até mesmo via sudorese ou devido à realização de diálise por alguns pacientes. A ingestão diária de potássio para haver um equilíbrio no organismo é de cerca de 40 a 120 mEq/dia, para que as funções permaneçam e o organismo esteja funcionando perfeitamente.
Se a ingestão de potássio diminuir, a excreção urinária pode ser reduzida para um mínimo de 5 a 25mEq/dia, por uma maior absorção do analito pelos túbulos coletores, o que irá impactar por aumento da atividade da bomba de H+-K+-ATPase na membrana luminal e pela ação da aldesterona, alterando assim, a secreção distal do potássio. Essa possível alteração pode ser tratada através da monitoração imediata da força muscular e eletrocardiográfica, além da urgência na reposição do potássio no organismo do paciente.
Já a hipercalemia, definida como aumento da elevação do potássio no organismo, ocorre em pacientes com insuficiência renal crônica ou em outras situações que reduzam a excreção renal do potássio. O tratamento consiste ser de urgência para monitoração e estabilidade do miocárdio para proteção contra arritmias, antagonizando os efeitos do potássio na membrana e a promoção da entrada de K+ nas células.
O sódio é outro analito muito importante para o corpo humano, situado em maior quantidade no sangue e no líquido que circunda as células, contribui para um equilíbrio hídrico, além do seu importante papel na função dos nervos e músculos. Os rins são responsáveis pela filtragem de diversos elementos como o sódio, porém, quando o consumo e a perda de sódio não estão equilibrados, a quantidade total de sódio presente no corpo é afetada, o que pode levar a redução da taxa de sódio, definida como hiponatremia e o aumento como hipernatremia.
A hipernatremia é um distúrbio eletrolítico onde a concentração está acima do normal, ou seja, acima de 160mEq/L, onde a alteração consiste em um ganho de sódio maior do que a quantidade de água no organismo ou a perda de água é superior à de sódio, dependendo da patologia associada, como em casos de diarreia, vômito, insuficiência renal e febre. Independente da causa o aumento no plasma acarreta desvio de água do compartimento intracelular para o extracelular, o que é relativamente um grave problema para o sistema nervoso central.
Hiponatremia é um distúrbio onde a concentração de sódio é reduzida a 140mEq/L, devido a uma perda excessiva, através dos rins ou de uma concentração aumentada de água ou de ambas, devido a uma retenção hídrica causada pela inapropriada secreção do hormônio antidiurético (ADH), no entanto, também pode ocorrer devido à elevada sudorese ou situações clínicas que configurem a depleção com perdas excessivas em patologias como doenças renais, alterações fisiológicas presentes nas hemorragias, dentre outros.
Em ambas as alterações, o médico irá normalizar a concentração do sódio plasmático, além de estabilizar o doente clinicamente, para que ele tenha uma melhora e possa ter alta hospitalar.
Elaborado por: Juliana Oliveira
Bibliografia
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